LEGENDA: Maria Helena Vieira da Silva, 1968, La Marechalerie, Yevre-le-Châtel
Um senhora à janela, em 1968. Em todas as imagens, Vieira da Silva sempre me parece serena e apaixonada. Exposição da sua obra, do acervo da Gulbenkian e da FASVS, na Praça das Amoreiras (Lx.) até 17.02.2008.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Os vídeos de Callaway, V7
O jovem artista britânico apresenta a primeira individual em Lisboa
Os quatro trabalhos de Bem Callaway (1978), apresentados na Galeria 1 da Culturgest (realizados entre 2004 e 2006) são, no mínimo perturbadores. O artista começa por se apropriar de imagens em VHS a que teve acesso em feiras da ladra e vendas de garagem. Filmagens caseiras que Callaway leva para o ateliê e com que faz uma montagem. Começa então a manipulação: copia o material seleccionado repetido vezes para outras VHS, até o produto inicial mostrar a exaustão própria das imagens recopiadas. Essas filmagens começam depois a ser corrompidas – pela saturação da luz e a utilização dos processos de slow motion. Numa outra fase, o artista filma o material corrompido com uma câmara digital – que está programada de origem para recuperar ao máximo a qualidade das frames. Callaway trabalha de seguida com o botão do fast forward e cria um efeito único, entre o movimento das imagens originais e a sequência dada ao espectador.
Resultado: narrativas leves, concebidas através de um processo técnico complicado e altamente estruturado. É a primeira exposição individual do artista de Bristol.
Os quatro trabalhos de Bem Callaway (1978), apresentados na Galeria 1 da Culturgest (realizados entre 2004 e 2006) são, no mínimo perturbadores. O artista começa por se apropriar de imagens em VHS a que teve acesso em feiras da ladra e vendas de garagem. Filmagens caseiras que Callaway leva para o ateliê e com que faz uma montagem. Começa então a manipulação: copia o material seleccionado repetido vezes para outras VHS, até o produto inicial mostrar a exaustão própria das imagens recopiadas. Essas filmagens começam depois a ser corrompidas – pela saturação da luz e a utilização dos processos de slow motion. Numa outra fase, o artista filma o material corrompido com uma câmara digital – que está programada de origem para recuperar ao máximo a qualidade das frames. Callaway trabalha de seguida com o botão do fast forward e cria um efeito único, entre o movimento das imagens originais e a sequência dada ao espectador.
Resultado: narrativas leves, concebidas através de um processo técnico complicado e altamente estruturado. É a primeira exposição individual do artista de Bristol.
Société Réaliste em Lisboa, V7
A Nova Europa
Os Transitioners substituem os princípios de Igualdade, Fraternidade e Liberdade (expressos na Revolução Francesa do século XVIII) por Libertação, Equalização e Fraternização.
Este grupo pertence à cooperativa artística Société Réaliste, criada em Paris em 2004. Ela refresca o olhar sobre a sociedade europeia, através de projectos que reflectem sobre a tendência das transições políticas. Neste caso concreto, focaram-se em 16 personalidades ligadas à Revolução Francesa do Século XVIII, para questionar princípios e valores éticos dos políticos do nosso tempo.
Nas onze salas da ZDB, pintaram-se as paredes estão pintadas com os perfis cromáticos desses 16 actores da Revolução. Chegou-se a essa cor – de Bonaparte, Robespierre, Rousseau e outros – a partir do perfil de cada um deles e da análise da actual memória política das suas acções. Entre esta reminiscência e os nossos dias, percorremos muitas utopias; que se concretizam em obras artísticas visuais, com um dinamismo associado ao pragmatismo e tecnocracia das nossas sociedades. Cláudia Almeida
Os Transitioners substituem os princípios de Igualdade, Fraternidade e Liberdade (expressos na Revolução Francesa do século XVIII) por Libertação, Equalização e Fraternização.
Este grupo pertence à cooperativa artística Société Réaliste, criada em Paris em 2004. Ela refresca o olhar sobre a sociedade europeia, através de projectos que reflectem sobre a tendência das transições políticas. Neste caso concreto, focaram-se em 16 personalidades ligadas à Revolução Francesa do Século XVIII, para questionar princípios e valores éticos dos políticos do nosso tempo.
Nas onze salas da ZDB, pintaram-se as paredes estão pintadas com os perfis cromáticos desses 16 actores da Revolução. Chegou-se a essa cor – de Bonaparte, Robespierre, Rousseau e outros – a partir do perfil de cada um deles e da análise da actual memória política das suas acções. Entre esta reminiscência e os nossos dias, percorremos muitas utopias; que se concretizam em obras artísticas visuais, com um dinamismo associado ao pragmatismo e tecnocracia das nossas sociedades. Cláudia Almeida
Obras de ensinamentos ocultos no Convento de Mafra, V7
Livros Esquecidos
Há vários anos, a actual bibliotecária do Palácio de Mafra, Teresa Amaral, encontrou um catálogo particular datado de 1755. Nele estavam inscritas quase todas as obras que a Inquisição decretara como proibidas no seu Index (a lista dos livros proscritos). Eram livros sobre Magia, Astrologia e Cabala. Até ao Renascimento, estas eram disciplinas ensinadas e encaradas de forma natural. A partir do século XVII, com o Iluminismo, começaram a ser consideradas marginais. A exposição está montada na antecâmara da biblioteca do Palácio Real, situada no quarto piso na ala nascente. Divide-se em seis secções que elaboram um trajecto iniciático para o valor destas obras e do que elas representam, em termos da História do pensamento da Humanidade. os livros mais antigos datam do século XV e a maioria foi escrita e impressa no centénio de 1700. Entre os livros expostos, destacamos os que são considerados a primeira enciclopédia sobre o ocultismo: "Os Três Livros da Filosofia Oculta", escritos por Cornélius Agrippa.Também lá se encontram obras de Paracelso, Nostradamus, Giordano Bruno, Robert Fludd e Court de Gébelin. Ao todo são 150, os livros seleccionados para esta exposição. Como só há quatro visitas programadas para este mês, para ver a exposição temos que fazer a visita ao palácio de Mafra, essa obra monumental do século XVIII mandada construir por Dom João V.
Há vários anos, a actual bibliotecária do Palácio de Mafra, Teresa Amaral, encontrou um catálogo particular datado de 1755. Nele estavam inscritas quase todas as obras que a Inquisição decretara como proibidas no seu Index (a lista dos livros proscritos). Eram livros sobre Magia, Astrologia e Cabala. Até ao Renascimento, estas eram disciplinas ensinadas e encaradas de forma natural. A partir do século XVII, com o Iluminismo, começaram a ser consideradas marginais. A exposição está montada na antecâmara da biblioteca do Palácio Real, situada no quarto piso na ala nascente. Divide-se em seis secções que elaboram um trajecto iniciático para o valor destas obras e do que elas representam, em termos da História do pensamento da Humanidade. os livros mais antigos datam do século XV e a maioria foi escrita e impressa no centénio de 1700. Entre os livros expostos, destacamos os que são considerados a primeira enciclopédia sobre o ocultismo: "Os Três Livros da Filosofia Oculta", escritos por Cornélius Agrippa.Também lá se encontram obras de Paracelso, Nostradamus, Giordano Bruno, Robert Fludd e Court de Gébelin. Ao todo são 150, os livros seleccionados para esta exposição. Como só há quatro visitas programadas para este mês, para ver a exposição temos que fazer a visita ao palácio de Mafra, essa obra monumental do século XVIII mandada construir por Dom João V.
Fancisco Vidal, V7
Peixe Dentro De Água
Grandes obras, feitas em painéis de azulejo, enchem a maior parte do espaço expositivo. São painéis políticos, em que Francisco Vidal (1978) rebuscou a História da nação, da identidade e da imagem colectiva portuguesa. Depois de gravadas essas imagens, a tinta acrílica actualiza o discurso – da História da nação – que aparece urbana, internacionalizada, universalizada, violenta e apaixonada. Esse caminho, o artista seguiu-o a partir das sensações que a água facilita. Esse elemento perdura depois das tormentas e preserva. A água é o leito onde Francisco Vidal mergulha na cultura ocidental e nada por ela, ao lado das outras identidades que a portuguesa incorporou. Subiu e desceu marés e correntes, à procura do «fóssil» da pintura.
Outra matéria sobressai dos desenhos. São catorze poemas de amor, desenhados a grafite. A linguagem é mais particular e momentânea. Francisco Vidal cresce, na sua pintura mais recente. A alma do artista começa a caracterizar-se. Cláudia Almeida
Grandes obras, feitas em painéis de azulejo, enchem a maior parte do espaço expositivo. São painéis políticos, em que Francisco Vidal (1978) rebuscou a História da nação, da identidade e da imagem colectiva portuguesa. Depois de gravadas essas imagens, a tinta acrílica actualiza o discurso – da História da nação – que aparece urbana, internacionalizada, universalizada, violenta e apaixonada. Esse caminho, o artista seguiu-o a partir das sensações que a água facilita. Esse elemento perdura depois das tormentas e preserva. A água é o leito onde Francisco Vidal mergulha na cultura ocidental e nada por ela, ao lado das outras identidades que a portuguesa incorporou. Subiu e desceu marés e correntes, à procura do «fóssil» da pintura.
Outra matéria sobressai dos desenhos. São catorze poemas de amor, desenhados a grafite. A linguagem é mais particular e momentânea. Francisco Vidal cresce, na sua pintura mais recente. A alma do artista começa a caracterizar-se. Cláudia Almeida
mães e filhos 4
- Mãe, quero namorar contigo. - a sorrir.
- Não podes. Saíste da minha barriga, como é que vais namorar comigo?
- Mãe, quando for maior, como um homem, quero casar contigo. - a sorrir.
- Não podes, filho. Sou a tua mãe. Não posso ser a tua mulher.
- Mãe, quero morrer contigo. - a sorrir.
- Isso... já pode acontecer filho.
Abraço. Beijos. Sorrisos. Muita ternura
- Não podes. Saíste da minha barriga, como é que vais namorar comigo?
- Mãe, quando for maior, como um homem, quero casar contigo. - a sorrir.
- Não podes, filho. Sou a tua mãe. Não posso ser a tua mulher.
- Mãe, quero morrer contigo. - a sorrir.
- Isso... já pode acontecer filho.
Abraço. Beijos. Sorrisos. Muita ternura
mães e filhos 3
De mãos dadas, mãe e filho vão caminhando.
- Por que é que me estás a apertar a mão muitas vezes, mãe?
Ela sorri.
- Estou a dizer-te que gosto muito de ti.
O passeio continuou. O menino também apertou a mão da mãe várias vezes. Brincaram assim uns segundos. O vento, nas folhas das árvores, guardou aquele momento.
- Por que é que me estás a apertar a mão muitas vezes, mãe?
Ela sorri.
- Estou a dizer-te que gosto muito de ti.
O passeio continuou. O menino também apertou a mão da mãe várias vezes. Brincaram assim uns segundos. O vento, nas folhas das árvores, guardou aquele momento.
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