sexta-feira, 25 de maio de 2007

mães e filhos 2

Enquanto tentava vesti-lo depois do banho:
- Filho, pára! Esses bichos carpinteiros não podem estar quietos por um bocadinho?
- Não. Eu não os vejo... - a olhar para as mãos.
risos da mãe...
- Eles não se vêem, filho.
- Porque são muito pequeninos?
- Eles não existem.
- Estás a brincar comigo, é?
- Sim.
Um beijo grande naquela carita de menino cada vez mais espevitado.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

A verdadeira França de 2007

Mon pays - Faudel

Je ne connais pas ce soleil
Qui brûle les dunes sans fins
Je ne connais pas d’autres terres
Que celle qui m’a tendu la main
Et si un jour je pars d’ici
Que je traverse le désert
Pour aller voir d’ou vient ma vie
Dans quelle rue jouait mon père
Moi qui suis né près de Paris
Sous tout ce vent, toute cette pluie
Je n’oublierai
Jamais mon pays

Et si demain comme aujourd’hui
Je dois faire le tour de la terre
Pour chanter aux mondes mes envies
Voyager des années entières
Moi qui suis né tout près d’ici
Même si je quitte mes amis
Je n’oublierais
Jamais mon pays

Trop
De souvenirs gravés qui courent
D’ écoles et d’ été
Trop d’ amours pour oublier
Que c’est ici que je suis né
Trop
De temps abandonné
Sur les bancs de ma cité
Trop d’ amis pour oublier
Que c’est ici que je suis né

Je ne connais pas ce parfum
De menthe et de sable brûlant
Mais seulement les embruns
Où les rouleaux de l’océan
Et toi qui me trouve un peu mate
Pour ses rues bordées de prairies
Un peu trop blanc couleur d ‘Euphrate
Pour ses poèmes que j’ai appris
Tu es bien le seul que j’oublie
Telle l’ étoile fidèle a la nuit
Je n’oublierais
Jamais mon pays

Trop
De souvenirs gravés qui courent
D’ écoles et d’ été
Trop d’ amours pour oublier
Que c’est ici que je suis né
Trop
De temps abandonné
Sur les bancs de ma cité
Trop d’ amis pour oublier
Que c’est ici que je suis né

Et comme toi j’attends la pluie
Pour lui dire toutes mes peines
Tout comme toi, je lui souris
Quand elle tombe sur la plaie
Trop
De souvenirs gravés qui courent
D’ écoles et d’ été
Trop d’ amours pour oublier
Que c’est ici que je suis né
Troooop
De temps abandonné
Sur les bancs de ma cité
Trop d’ amis pour oublier

Que c’est ici que je suis né
Trop
De souvenirs gravés qui courent
D’ écoles et d’ été
Trop d’ amours pour oublier
Que c’est ici que je suis né
Trop
De temps abandonné
Sur les bancs de ma cité
Trop d’ amis pour oublier
Que c’est ici que je suis né
http://faudel.artistes.universalmusic.fr/

Sarko francô: dorme, a França

Esta noite, na Place de la Concorde, em Paris, onde o esperavam 30 mil pessoas, Sarkozy chegou ao palco onde vários artistas tinham estado a animar os apoiantes desde as 8 da noite hora de Lisboa. Duas horas e meia depois, repetiu os pontos do discurso de vitória que tinha feito na sede de campanha, depois de divulgados os resultados da segunda volta das presidenciais francesas. O ambiente era de exultação, no palco montado na praça em que o povo francês iniciou os movimentos que dariam voz à revolução de 1789.
Sarkozy, já mais sorridente, quis dizer a todos os que sofrem injustiças, a todos os que não se sentem respeitados, a todos os que acreditaram em discursos diferentes do seu... que será o presidente que vai compater as injustiças e que dará a cada um uma oportunidade mas, na república que quer servir, não haverá direitos sem a contrapartida dos deveres.

Mireille Mathieu iniciou o hino francês. Depois Faudel, jovem cantor de rai, fez questão de entoar "Mon Pays"; tema muito popular da sua autoria que defende a sua identidade francesa, mesmo se as referências culturais da sua própria família são argelinas.

domingo, 6 de maio de 2007

machos 1

Nostalgic and romantic: the main characteristic of the most interesting and sweetest of the portuguese men.- anonymous woman

Românticos e nostálgicos: a principal característica dos homens portugueses mais doces e mais interessantes. - mulher anónima

mães e filhos 1

A minha mãe é como uma lamparina, está sempre lá e, quando estou triste, ela alumia-se logo para aquecer o meu coração - Julien, 7 anos

sábado, 5 de maio de 2007

segredos de bartolomeu dos santos - V7


À medida que se distancia da Slade School of Fine Art, em Londres, onde trabalhou entre 1961 e 1996 no Departamento de Gravura, Bartolomeu dos Santos (1931) passa mais tempo com as suas memórias. E são elas que intervêm nas criações que nos mostra, a partir de hoje (quinta, dia 10), na Galeria Ratton.
Desta vez não há gravura mas sim pintura: em telas com colagens de documentos antigos ou páginas com valor simbólico para o artista; em pedaços de madeira apanhados pelo chão da praia e depois resguardados em caixas, devidamente pintados.
As memórias de Bartolomeu dos
Santos não são saudosistas; vivem, apenas. E falam-nos de aspectos subjectivos da forma que só os artistas conhecem, ao traduzirem a individualidade em imagens universais. E assim se entregam ao mundo. Paris, Tavira, Londres são algumas geografias destes trabalhos. Os séculos XIX, XX e XXI os momentos presentes neste conjunto de mais de 40 obras.
Outros referentes do traço de Bartolomeu, e que já nos são familiares, vão aparecendo: o carro azul, as sereias, os grandes navios... os telegramas antigos e as memórias de antepassados que o artista assim regista, na sua história pública, assegurando a preservação dessas identidades. Expõem-se outros segredos, como poemas recentes e fotografias da adolescência - que nos ajudam a familiarizar-nos com as obras expostas nas três salas.

pensamento da madrugada

a palavra dita, em voz alta, alimenta a consciência do que vou perdendo por estar longe e em silêncio

pensamento da madrugada

a palavra dita, em voz alta, alimenta a consciência do que vou perdendo por estar longe e em silêncio