sábado, 5 de maio de 2007
segredos de bartolomeu dos santos - V7
À medida que se distancia da Slade School of Fine Art, em Londres, onde trabalhou entre 1961 e 1996 no Departamento de Gravura, Bartolomeu dos Santos (1931) passa mais tempo com as suas memórias. E são elas que intervêm nas criações que nos mostra, a partir de hoje (quinta, dia 10), na Galeria Ratton.
Desta vez não há gravura mas sim pintura: em telas com colagens de documentos antigos ou páginas com valor simbólico para o artista; em pedaços de madeira apanhados pelo chão da praia e depois resguardados em caixas, devidamente pintados.
As memórias de Bartolomeu dos Santos não são saudosistas; vivem, apenas. E falam-nos de aspectos subjectivos da forma que só os artistas conhecem, ao traduzirem a individualidade em imagens universais. E assim se entregam ao mundo. Paris, Tavira, Londres são algumas geografias destes trabalhos. Os séculos XIX, XX e XXI os momentos presentes neste conjunto de mais de 40 obras.
Outros referentes do traço de Bartolomeu, e que já nos são familiares, vão aparecendo: o carro azul, as sereias, os grandes navios... os telegramas antigos e as memórias de antepassados que o artista assim regista, na sua história pública, assegurando a preservação dessas identidades. Expõem-se outros segredos, como poemas recentes e fotografias da adolescência - que nos ajudam a familiarizar-nos com as obras expostas nas três salas.
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